Britânicos esperam que casamento real turbine economia

terça-feira, 26 de abril de 2011

publicado em 25/04/2011 às 21h50:

Britânicos esperam que
casamento real turbine economia

País está em recessão; festa vai atrair turistas, mas feriado diminui produção
EFE
Adrina Denni/AFPAdrina Denni/AFP
Visitantes compram lembrancinhas do casamento; só os enfeites de rua custarão R$ 25,8 milhões

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A economia britânica espera ansiosamente pelo casamento do príncipe William e Kate Middleton, apostando suas fichas no evento para arrecadar dinheiro e estimular o país que segue lutando para sair da pior crise dos últimos 50 anos. Em uma sociedade capitalista como a britânica, os cálculos sobre os custos e os benefícios do casamento começaram no minuto seguinte após William e Kate terem oficializado o noivado, em novembro do ano passado. Contudo, ainda não se sabem os números exatos dos custos da cerimônia, nem da despesa que ficará a cargo do governo para garantir a segurança da família real e das centenas de líderes estrangeiros convidados.
A visita do papa Bento 16 em setembro do ano passado custou 2 milhões de libras (R$ 5,1milhões) e, segundo o governo, a segurança particular, a infraestrutura midiática e os enfeites de rua representarão uma conta de 10 milhões de libras (R$ 25,8 milhões).
Além disso, estima-se que os preparativos da cerimônia custarão 2 milhões de libras (R$ 5,1 milhões) para a Abadia de Westminster - que pagará as despesas graças aos ingressos pagos pelos turistas e visitantes -, que ficará fechada por uma semana para a instalação das câmeras de televisão e de dispositivos de segurança.
No total, espera-se que 600 mil pessoas, entre elas britânicos e estrangeiros, viajem à capital britânica para assistir ao vivo ao casamento mais esperado dos últimos anos.
É inquestionável que o casamento veio como uma "benção" para o turismo do país, visitado anualmente por 33 milhões de pessoas, mas que quer aproveitar o enlace para valorizar a marca Britain no mundo.
Londres terá mais festa pela frente
O calendário prevê boas perspectivas: após o casamento haverá o Jubileu de Diamante, a partir de fevereiro de 2012, para comemorar os 60 anos de reinado de Elizabeth 2ª, e entre julho e agosto serão realizados os Jogos Olímpicos de Londres.
Com a economia britânica brigando para sair definitivamente da recessão, não se trata de um assunto irrelevante, em tempos nos quais o Reino Unido enfrenta as consequências do maior corte orçamentário desde a Segunda Guerra Mundial para combater o déficit.
Há meses que o comércio de varejo, por exemplo, começou a vender pratos, xícaras e canetas com os retratos de príncipe William e Kate, o que acarretará uma melhora nos indicadores de consumo. Aproveitando o dia festivo, haverá festas familiares e populares, incluindo as dos grupos antimonárquicos, e os pubs terão permissão para fechar duas horas mais tarde que o habitual, à 1h, na véspera e no dia do casamento.
Feriado vai pesar na economia
Por sua vez, a Confederação Britânica de Indústrias (CBI), adverte que dias festivos extras, como o concedido para o casamento real, custam à economia 6 bilhões de libras (R$ 15,5 bilhões) em termos de produtividade.
O casamento do príncipe Charles e Diana custou ao Estado 30 milhões de libras em 1981. Traduzido para números atuais, este valor equivaleria a 75 milhões de libras (R$ 193,7 milhões). Naquela ocasião, o investimento valeu a pena, porque representou um impulso ao setor de varejo de 680 milhões de libras, o que em valores atuais representaria 1,7 bilhão de libras (R$ 4,4 bilhões).
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