Governo aprova projeto que encerrará lei de emergência

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Governo aprova projeto que encerrará lei de emergência

Na véspera, o ditador sírio assistiu à intensificação dos protestos contra ele; 5.000 manifestantes se estabeleceram na praça central de Homs

Imagem de vídeo amador mostra concentração de manifestantes em Homs na noite passada Imagem de vídeo amador mostra concentração de manifestantes em Homs na noite passada (Youtube / AFP)
Foi aprovado pelo governo da Síria nesta terça-feira um projeto para acabar com a lei de emergência, vigente há quase 50 anos. Também deve ser eliminado o Tribunal Supremo da Segurança do Estado, conforme informou a televisão estatal síria. Em nota urgente, uma fonte informou: "O Conselho de Ministros aprovou um projeto de um decreto legislativo que estipula o fim do estado de emergência no país".
O presidente sírio, Bashar al-Assad, assistiu à intensificação dos protestos contra ele na véspera, quando cerca de 5.000 manifestantes decidiram acampar na praça central da cidade de Homs até que o ditador abandonasse o poder. A iniciativa foi inspirada pelo movimento da Praça Tahir, que derrubou Hosni Mubarak no Egito no início deste ano. Na mesma noite, o governo qualificou o movimento como insurreição armada e abriu fogo contra os manifestantes. Na manhã desta terça, as forças do governo voltaram a reprimir o protesto e pelo menos duas pessoas foram mortas, segundo os opositores de al-Assad. O Ministério do Interior avisou ainda que não tolerará protestos sob qualquer bandeira.
Promessas - Assad, que enfrenta um mês de manifestações sem precedentes contra seu autoritário partido governista Baath, havia dito no sábado que a legislação que substituirá quase meio século de lei de emergência deveria estar pronta na semana seguinte. Mas sua promessa pouco serviu para apaziguar os manifestantes que pedem mais liberdades na Síria ou para conter a violência que organizações de direitos humanos dizem ter vitimado pelo menos 200 pessoas.
"Homs está em ebulição. As forças de segurança e os capangas do regime vêm provocando conflitos armados há um mês", lamentou um ativista de direitos humanos, acrescentando que os civis tomaram as ruas de Homs e receberam disparos de fogo a sangue frio.
(Com agência EFE) Fonte Jornal Hoje

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