Dalai lama deixa formalmente os poderes políticos

segunda-feira, 30 de maio de 2011

publicado em 30/05/2011 às 07h51: atualizado em: 30/05/2011 às 08h28

Dalai lama deixa formalmente os poderes políticos

China acusa o líder de separatista; cerca de cem mil tibetanos vivem no exílio na Índia
EFE
21.05.2011/AFP21.05.2011/AFP
Dalai lama não tem mais poderes políticos, mas continua sendo líder espiritual do Tibete
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O dalai lama transferiu sua "autoridade formal" política aos dirigentes tibetanos eleitos no exílio, embora continua sendo o líder espiritual do Tibete, informou a agência de notícias indiana Ians.
O porta-voz da secretaria do Parlamento de Tibete, Norbu Tenzin, disse que foram feitas mudanças na Constituição.
- As remodelações que nós (o parlamento tibetano) fizemos da Constituição, foram aprovadas ontem [domingo] por Sua Santidade.
Tenzin falou desde a cidade de Dharamsala (norte da Índia), sede do governo no exílio.
- Os poderes administrativos e políticos do dalai lama serão legados sem reservas aos líderes democraticamente escolhidos.
O porta-voz acrescentou que o dalai manterá seu compromisso com a causa do Tibete e continuará sendo o líder espiritual de todos os tibetanos.
Mudanças
Segundo as emendas à Constituição aprovadas pelo Parlamento tibetano, os poderes que antes recaíam sobre o dalai como cabeça do Executivo, em virtude do artigo 19, foram delegados ao kalon tripa ou primeiro-ministro, cargo que é do professor universitário Lobsang Sangay, de 43 anos, desde as eleições do dia 20 de março.
O Parlamento também aprovou que o título do "governo tibetano no exílio" seja modificado pelo de "governo do Tibete". No marco do novo estatuto, entre os direitos do dalai lama se incluem o de assessorar e encorajar pela proteção e a promoção do bem-estar do povo tibetano e continuar sendo participante nos esforços para alcançar uma solução satisfatória para a problemática do Tibete.
Aos 75 anos, o dalai lama, a cara global do movimento tibetano no exílio, surpreendeu a muitos quando no dia 10 de março anunciou que ia entregar o poder aos dirigentes eleitos.
O dalai lama, a quem a China acusa de líder separatista, fugiu do Tibete após uma revolta anticomunista em 1959 e desde então liderou o governo tibetano na Índia, que não é reconhecido por nenhum país. Cerca de cem mil tibetanos vivem no exílio na Índia.
 Fonte R7.COM

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