Israel abre fogo na fronteira e mata mais de 10

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Domingo, 15 de maio de 2011 - 16h26       Última atualização, 15/05/2011 - 16h26

Israel abre fogo na fronteira e mata mais de 10

Ahmad Gharabli/AFP Zoom Exército israelense prende palestino após protestos Exército israelense prende palestino após protestos

Da AFP

mundo@band.com.br

Uma grande mobilização de palestinos e atos de violência sem precedentes deixaram pelo menos 12 mortos e centenas de feridos neste domingo em Gaza, Cisjordânia, na fronteira entre Líbano e Israel, e em Golan. Os palestinas protestaram em memória da "Nakba" (catástrofe ocorrida em 1948, quando seu povo foi expulso da região que deu origem ao Estado de Israel).

Os incidentes mais graves ocorreram nas zonas fronteiriças de Síria e Líbano. O Exército israelense disparou contra manifestantes palestinos vindos da Síria que haviam penetrado em Golan, segundo fontes dos serviços de segurança do Estado hebreu.

Dois manifestantes morreram e quatro ficaram gravemente feridos, informaram fontes médicas. Trata-se de um dos incidentes fronteiriços mais graves entre ambos os países desde a guerra árabe-israelense de 1973.O Exército israelense acusou o regime sírio de haver "organizado esta manifestação violenta para tentar desviar a opinião pública mundial do que acontece no país”.

Apesar das alegações israelenes, fontes locais afirmaram que 10 palestinos morreram na fronteira libanesa.

Segundo as mesmas fontes, apesar das estritas medidas adotadas pelo Exército libanês na região de "Marun ar Ras" para acompanhar os manifestantes da Nakba e evitar confrontos, as forças isarelenses abriram fogo contra os manifestantes após momentos de tensão, quando dezenas de manifestantes cruzaram o cordão de isolamento do Exército e começaram a lançar pedras contra o outro lado da fronteira.

Os israelenses reagiram disparando sobre os manifestanmtes, afirmaram membros do serviço de segurança e do Exército libanês.

As unidades do Exército isralense foram colocadas em alerta máximo e em coordenação total com as Forças das Nações Unidas (posicionadas no sul do Líbano), informou a imprensa local.

Nos territórios palestinos, mais de 90 pessoas ficaram feridas ao norte da Faixa de Gaza por disparos do Exército durante uma marcha em direção ao terminal fronteiriço israelense de Erez, informaram fontes médicas palestinas.

Mil manifestantes se dirigiram até a fronteira israelense apesar dos disparos. Também um jovem palestino morreu por disparos isralenses ao leste da cidade de Gaza, segundo fontes médicas que não puderam precisar se a morte esteve ou não relacionada com as manifestações.

Em Kalandia (Cisjordânia), posto de controle na entrada de Jerusalém, ao menos 17 palestinos ficaram feridos em choques violentos e outros nove também se feriram em Hebron (sul da Cisjordânia).

Os enfrentamentos seguiram por toda a tarde na Kalandia, a principal passagem entre Cisjordânia e Jerusalém.

Em Tel-Aviv, um caminhoneiro árabe-israelense de 22 anos se chocou na manhã com um ônibus e outros quatro veículos, causando uma morte e deixando cinco feridos. Mas a polícia não soube precisar se foi um acidente ou um ato relacionado com a Nakba.

Entenda a Nakba

A Nakba representa o êxodo de 760.000 palestinos em 1948, o que deu início a questão dos refugiados, que atualmente chegam a 4,8 milhões, que estão espalhados principalmente entre Jordânia, Síria, Líbanos e nos territórios palestinos.

A resolução 194 da ONU, aprovada desde o final da guerra árabe-israelense de 1948, afirma que os refugiados que desejam regressar aos seus lares e viver em paz com seus vizinhos devem ser autorizados a fazê-lo assim que possível.

Mas todos os governos israelenses se opuseram à aplicação do direito de retorno em nome do caráter judaico do Estado de Israel. Os palestinos exigem o reconhecimento por Israel do "princípio" deste direito, e declaram estar dispostos a negociar as modalidades de sua aplicação.
     

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FONTE EBAND

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