Popularidade de Obama dispara depois da morte de Bin Laden

terça-feira, 3 de maio de 2011

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publicado em 02/05/2011 às 16h22:

Popularidade de Obama dispara
depois da morte de Bin Laden

Pesquisa mostra que aprovação do presidente, que estava em 42%, subiu para 76%
Osmar Freitas Jr., do R7, em Nova York
Bay Ismoyo/02.05.2011/AFPBay Ismoyo/02.05.2011/AFP
Soldados americanos no Afeganistão assistem ao presidente Obama anunciar a morte de Bin Laden

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Há uma casa de apostas em Las Vegas onde a cotação indica que Barack Obama ganhará as eleições de 2012 por 12 a 1. Isso, lembre-se, sem que se saiba quem será seu rival na corrida. O entusiasmo dos jogadores não é à toa: no intervalo de dez dias, Barack matou a cobra e mostrou o pau. Ao pé da letra e no sentido figurado.
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A serpente, claro, era Osama bin Laden, que atormentou três presidentes do país. E o cacete figurativo foi a própria certidão de nascimento do ocupante da Casa Branca. Desconfiava-se, nos círculos oposicionistas, que o homem não era cidadão nascido em território dos Estados Unidos, o que o impediria de ocupar o cargo.
Provada a procedência do já candidato à reeleição, viria o pior golpe nos oposicionistas das urnas: o inimigo público número um da nação, Bin Laden, fora morto em operação digna de roteiro de filme de Hollywood.
É inegável que o momento é muito propício para os sonhos de reeleição do presidente. Antes do anúncio da morte de Bin Laden, apenas 17% dos americanos consideravam favoravelmente a atuação de Obama como comandante-em-chefe das Forças Armadas e líder em questões de segurança nacional. Sua popularidade, de modo geral, estava em 41% - ponto mais baixo desde o pico de 62%, em 2009.
Mas, já na tarde de segunda-feira (2), a primeira pesquisa sobre os mesmos quesitos mostravam níveis favoráveis de 76% em termos amplos, com 77% de aprovação no item “segurança nacional”.
Diferença em relação a Bush é evidente
Até mesmo no anúncio da morte do terrorista acharam-se logo contrastes entre o atual ocupante do Salão Oval da Casa Branca e seu antecessor. Viu-se neste domingo (1º) à noite um cerimonial com a pompa devida à presidência e à ocasião.
Foi do púlpito oficial de onde se fazem grandes pronunciamentos que Obama se dirigiu ao país. Era notável em sua expressão o ar de alegria, mas as palavras e atitudes foram sóbrias - ao contrário do anúncio, para lá de precipitado, de vitória no Iraque, que George W. Bush fez vestido com uniforme de piloto da Guarda Nacional, sobre um porta-aviões. Atrás dele uma faixa gritava: “Missão Cumprida”. Milhares de americanos morreriam no palco de guerra depois disso.

Economia ainda é determinante
Com o corpo do líder da Al Qaeda já despejado no fundo do mar, ganhava estatura e vida a candidatura de Obama. Aposta-se, neste momento, no país que a eleição está praticamente ganha para o democrata. Mas os analistas mais sóbrios, como o ex-editor de política da rede CNN, Jack Wayne, notavam que há ainda um longo processo até novembro de 2012.
Wayne lembrou o slogan colado na parede do comitê de campanha de Bill Clinton, em 1992, para resumir o que será decido na eleição.
- É a economia, estúpido! A maior preocupação dos americanos segue sendo o rumo da economia. Com o galão da gasolina a US$ 4 (R$ 6,29) e os índices de desemprego ainda beirando os 10%, será difícil segurar essa onda de entusiasmo.
Segundo Wayne, além disso, ainda é preciso saber qual será a reação dos terroristas.
- Resta ainda saber que vinganças os terroristas vão tentar. Caso consigam sucesso numa única vez, vão abalar também a Casa Branca.
Campanha deve arrecadar mais fundos
Para Ron Palmer, do Instituto Rocher de pesquisas, os altos patamares da atual popularidade do presidente não vão se manter. Mas devem acarretar, pelo menos a curto prazo, muitos dividendos para o presidente.
- Para quem está em frenética campanha de arrecadação de fundos, como Barack Obama, essa notícia de agora deve representar vários milhões despejados em seu tesouro para reeleição. Antes disso, já se estimava que a soma total de arrecadação poderia passar, pela primeira vez na história, a casa dos bilhões de dólares. Agora acho que esse número vai mesmo ser alcançado.
Palmer, assim como outros analistas, não apostaria 12 pontos contra 1 numa vitória de Obama nas próximas eleições. No entanto, a nação logo se lembrou das promessas feitas na campanha anterior, onde o então candidato à presidência dizia ser sua prioridade capturar ou matar Bin Laden. Na época, ele foi profético ao dar um aviso ao presidente paquistanês de então, Pervez Musharaff.
- Se nós tivermos informações confiáveis de que algum terrorista importante esteja em território do Paquistão, nós vamos agir.
A promessa foi cumprida e os americanos serão lembrados disso até depois de 2012.
Teste seus conhecimentos sobre Osama Bin Laden no quiz abaixo e veja as respostas aqui. Fonte R7

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